Misturando cores

Para podermos abrir mais nossos horizontes em relação a cores e como elas funcionam, é interessante entender que temos 12 cores no círculo de cores. Dessas, temos 3 cores primárias, 3 cores secundárias e 6 cores terciárias.

“Oi? Quê? Tá complicando” – calma. Observando a figura, podemos detectar rapidamente as cores primárias (vermelho, amarelo e azul).

Com essas cores, temos três combinações possíveis entre duas delas, não é? Essas combinações irão gerar as cores secundárias (vamos pensar em 1 + 1 = 2). Então, misturando as cores primárias, chegamos às secundárias (laranja, verde e roxo).

Agora que temos as secundárias, podemos misturá-las às primárias, obtendo assim as cores terciárias (vamos pensar em 1 + 2 = 3).

E aí, dentro desse espectro todo, podemos enlouquecer adicionando preto ou branco a qualquer uma dessas cores para caminhar para tons mais claros ou escuros dentro daquela cor escolhida. Assim são feitas as combinações monocromáticas (ou tom sobre tom).

 

Mas e se eu quiser fazer um marrom? Um cinza? Percebemos, então, que as cores “caminham” umas para as outras, não é? Entre o amarelo e o vermelho sempre estará o laranja. Entre o azul e o amarelo sempre estará o verde. As cores tem, então, suas posições fixas

no círculo de cores.


Observando o círculo, veremos que para qualquer cor que você escolher, existirá uma exatamente oposta que corresponde a ela. No caso do azul, temos o laranja. Para amarelo, temos o roxo. Vermelho se opõe ao verde e assim seguimos para cada cor secundária, terciária, etc. Essas cores opostas, quando misturadas, sempre irão caminhar para uma cor neutra, como o marrom, um tom acinzentado (dependendo de quanto de branco esteja adicionado) ou até algo próximo do preto.

Para chegarmos ao preto, teríamos que misturar as cores primárias em quantidades iguais, ou seja, amarelo, vermelho e azul combinadas dariam preto. Ué, mas amarelo e vermelho em quantidades iguais dão laranja, não é mesmo? Então…misturar azul e laranja chegará a esse mesmo resultado. E olha lá: azul e laranja são exatamente as cores opostas no espectro.

Como aprendi a falar inglês

Muita gente me pergunta isso! Eu até já fiz uma live contando como foi, mas infelizmente não ficou gravada.

Quando eu tinha uns 11 anos, eu tirava notas maravilhosas em todas as matérias, menos inglês.
O verbo “to be” não me entrava de jeito nenhum, eu tinha muita dificuldade.

Eu sentava na frente de uma colega de turma que se chamava Nathália também. Ela me viu super triste e falou que podia me ajudar a gostar de inglês.

Interessante, não era me ensinar, era me ajudar a gostar.

A Nathália me disse que inglês é muito mais fácil que português e que está em todo lugar, é muito fácil o acesso. A primeira tarefa que ela me passou foi começar a assistir a série Friends, religiosamente, todos os dias. Dar preferência a músicas em inglês, filmes legendados, o que tivesse ao meu alcance. Lembro de ficar tentando cantar músicas acompanhando o encarte do CD como exercício.

Enquanto isso, ela ia me ensinando a construir frases simples: os pronomes, alguns verbos, substantivos, advérbios.
Com o tempo, eu fui memorizando algumas falas, reconhecendo palavras dentro de frases.

Lembro da alegria que era reconhecer alguma coisa. A Nathália tinha razão, eu precisava aprender a gostar de aprender inglês.

Eu fiz curso de Inglês por alguns semestres, e eu usei tempo das aulas para perguntar muita coisa aos professores, coitados (nossa, eu era o terror).

Isso ficou muito forte em mim. Quando eu comecei a fazer os doces, me esforçava para pesquisar mais em inglês, mesmo tendo dificuldade com várias palavras.

Sobre falar, falar mesmo, foi mais difícil que ler e escrever. Em 2016, gravei a minha primeira aula online de Macarons em português e Inglês. Ao invés de gravar já falando que era bem mais difícil para mim, gravei as cenas e depois o áudio por cima. Foi a alternativa mais fácil na época.

O meu instagram passou a ser mais conhecido fora do Brasil do que aqui, o que foi ótimo, me forçou a estar sempre em contato com o inglês.

Toda vez que eu ia gravar algum vídeo falando em inglês, eu refazia várias e várias vezes, sempre achava ruim. Só que eu continuei fazendo, mesmo não gostando.

Em 2017, eu fui convidada a dar aula nos Emirados Árabes Unidos, em inglês. Eu só fui mesmo porque me disseram que eu ia dar conta, porque eu mesma não tinha certeza.
Comecei a aula dizendo que eu sou brasileira e que às vezes eu tinha dificuldade em me expressar em inglês, mas que eu ia dar o meu melhor.
Eu descobri lá que conseguia fazer 🙂

Quando comecei com a minha equipe, eles me colocaram para falar em inglês nos vídeos, para fazer lives semanais, foi punk no início. Mas isso foi me soltando cada vez mais, me ajudou muito a desenvolver.

Os meses que eu passei na França me ajudaram muito, porque lá eu só me comunicava em inglês, era um programa internacional. Lá eu me forcei a pensar em inglês e falar mesmo quando eu achava que estava errado. Era cada um de um lugar do mundo, com níveis diferentes do inglês, tava tudo certo.

Hoje em dia, claro que é bem mais tranquilo do que era. Sei que ainda falo várias coisas erradas, esqueço palavras, não sei como dizer. Mas tá tudo bem, eu pergunto às pessoas, eu digo que não sei, falo a palavra em português mesmo, é mais simples do que a gente normalmente pensa.

Uma coisa é certa: todo mundo sabe que não é fácil aprender uma nova língua, então as pessoas vão ser pacientes em te ouvir. Se tal pessoa não for, procura outra 🙂

Nathália tinha razão, é mais fácil que português mesmo e comemorar cada pequena conquista, gostar de aprender, faz toda a diferença. Ainda acrescento: se coloque a falar mesmo você achando ruim. É prática, quanto mais você falar, mais fluido vai ser.

Espero que te ajude!

Cookies

No último domingo o Thomaz, que edita meus vídeos, me mandou foto dos cookies que ele fez em casa. Eu já falei no meu Instagram que o Thom é mestre dos cookies na equipe. Seis anos atrás eu passei uma receita de cookie para ele fazer na nossa confraternização de Natal e todo mundo amou, desde então ele sempre é obrigado a fazer os cookies no final do ano.

 

E agora com todos em isolamento ele fez os cookies e um monte de gente mandou mensagem pedindo para ele fazer um delivery. ;D

 

Eu acho que é uma receita excelente para esse momento, para fazer em casa e comer com a família (ou até sozinho mesmo), e por isso decidi compartilhar com vocês.

 

A gente aproveita também para ir esquentando o forno para quando o meu Livro de Receitas chegar!

 

Ingredientes:

125g de manteiga sem sal

120g de açúcar refinado

85g de açúcar mascavo

1 ovo

240g de farinha de trigo

2 pitadas de sal

1 colher de sopa de suco de laranja (opcional)

Raspas de laranja

5g de fermento

180g de gotas de chocolate (ou chocolate meio amargo picado)

 

Modo de preparo:

Na batedeira, bata a manteiga (que deve estar em textura de pasta de dente) com os açúcares. Acrescente o ovo, a colher de suco de laranja e as raspas e bata bem. Peneire os ingredientes secos já na tigela da batedeira e misture com uma espátula. Coloque o chocolate, não misture em excesso. Faça bolinhas e asse a 160ºC por 10 minutos ou até dourarem levemente

 

Alfajores de doce de leite

Estamos em Abril de 2020, um momento completamente atípico para o mundo inteiro. Sim, há muito tempo a humanidade não vivenciava algo com essa proporção. O – MUNDO – INTEIRO. Não sei como você está se sentindo agora, mas eu me sinto vivendo algo histórico que vai ser muito lembrado e falado no futuro. E, depois de passar o susto que foi o início dessa pandemia, hoje eu consigo me acostumar com a situação e agradecer por poder estar em casa de quarentena. Não é fácil para ninguém, mas tudo acontece por um motivo, não é?

A minha orientadora espiritual passou um exercício de todos os dias pensar em uma coisa boa que esse momento trouxe. A coisa boa de hoje para mim é poder fazer um café (meu vício) e sentar no tapete para escrever o primeiro texto do meu blog (YES!).

Estamos com esse projeto desde o início do ano (quando a gente não tinha noção de que tudo isso ia acontecer), mas, hoje, nesse dia ensolarado, essa ideia ganha corpo.
Vamos inaugurar esse blog com uma receita que eu amo, o alfajor de doce de leite. Fiz essa receita ano passado numa live e colecionei muitos agradecimentos queridos. Mas quis trazê-la à tona novamente por ser perfeita para o momento. Maravilhosa para fazer em casa (principalmente com os filhos, são uma boa ajuda) e também para vender por delivery.


Alfajores de doce de leite


Ingredientes:

– 110g de manteiga sem sal
– 150g de açúcar refinado
– 2 gemas
– 1 colher de sopa de essência ou extrato de baunilha
– 150g de amido de milho
– 140g de farinha de trigo
– 5g de fermento em pó
– 1 lata de doce de leite em ponto firme (pode ser o leite condensado cozido na panela de pressão)
– Açúcar de confeiteiro para polvilhar

 

Método de preparo:

 

A primeira coisa a fazer é tirar a manteiga da geladeira. Ela precisa estar em temperatura ambiente para chegar naquele ponto lindo de pomada, que é quando ela tem estrutura, mas consegue abraçar e se unir com os outros ingredientes.

 

Daí você pode ir passando e coletando os outros ingredientes, assadeiras, utensílios, etc.

 

Coloque a manteiga na tigela da batedeira e bata até conseguir um creme liso. Caso a manteiga tenha partes mais firmes e geladas, ao ser batida sozinha, ela vai ficar toda por igual.

Agora é hora de colocar o açúcar e bater só o suficiente para homogeneizar, o que não vai dar nem um minuto, se brincar. As gemas sim, precisam ser mais batidas. Bata bem uma por uma e acrescente a baunilha. Enquanto elas batem, você pode aproveitar o tempo para peneirar a farinha, o amido e o fermento juntos.

 

Agora é hora de dar tchau para a batedeira: vamos acrescentar os ingredientes secos peneirados à mão. Acrescente (pode ser de uma vez ou em duas partes) e misture com uma espátula, economizando os movimentos ao máximo. Se você bater demais nesse momento, o glúten se desenvolve (por causa do movimento e do calor) e você vai ter uma massa elástica em vez de um biscoito bem macio.

 

Pronto, agora é só cobrir a massa e deixar ela descansar por pelo menos 15 minutos na geladeira.

Passando esse tempo, liga o forno já na temperatura que os alfajores vão assar (180⁰C para forno convencional e 160⁰C para forno com ventilação). Assim, o forno vai pré-aquecendo enquanto você modela.

 

Trabalhe partes menores da massa: corte no meio ou em 4 partes e trabalhe uma de cada vez.

 

Forre a bancada com uma folha plástica ou saco plástico para alimentos e coloque a massa em cima. Cubra com outra folha plástica e comece a abrir com o rolo de massa. Abrir a massa entre duas folhas plásticas evita que a gente fique acrescentando farinha na bancada e no rolo como se não houvesse um amanhã e acabe ressecando a massa.

 

Abra a massa até ela ficar com meio centímetro, bem fininha. Com um cortador redondo de 5cm, ou qualquer xícara, copo ou pires que tenha na sua cozinha, corte círculos na massa. Lembra que quanto mais próximo um do outro você cortar, maior é o rendimento cada vez que você estirar a massa. Além de ganhar tempo, você evitar manusear muito a massa (lembra da história do glúten? Pronto).

 

Coloque os discos com cuidado em uma assadeira retangular coberta com papel manteiga, deixando um espaço entre eles. Leve para assar até a base ficar levemente dourada. No meu forno, ficou pronto em 6 minutos, mas os macarons me ensinaram, esses anos, que cada forno é diferente, então te sugiro observar.

 

Enquanto as bolachinhas esfriam, coloque um bico perlê (redondo) de mais ou menos 1cm de diâmetro em um saco de confeitar. Coloque o doce de leite e vamos rechear.

 

Pingue o doce de leite na base de uma das bolachas, deixando um espaço na borda. Com outra bolacha, pressione o recheio com cuidado. É importante deixar o recheio sempre contido dentro das bordas das bolachas, assim você não encosta nele na hora de manusear e evita uma bagunça.

 


Caso não tenha o saco de confeitar, ou bico, pode usar uma colher para colocar o doce de leite, sem problemas.

Terminando todos, polvilhe açúcar de confeiteiro usando uma peneira bem fina.

Essa receita rende cerca de 16 alfajores prontos, já recheados.

 

Eu fiz essa receita em uma live, em 2019. Caso queira me assistir fazendo o processo, clique aqui.

 

Essa foi a melhor receita de alfajor que fiz até hoje e eu estou feliz de compartilhar com você.

Vou ficar mais feliz ainda caso você faça e me marque no instagram (@nat.mendonca).

Feliz quarentena para você, de coração.

Todos os direitos reservados © 2023 natmendonca.com Desenvolvido por eiHarold