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Como aprendi a falar inglês

Por Natália Mendonça

24/08/2020

Muita gente me pergunta isso! Eu até já fiz uma live contando como foi, mas infelizmente não ficou gravada.

Quando eu tinha uns 11 anos, eu tirava notas maravilhosas em todas as matérias, menos inglês.
O verbo “to be” não me entrava de jeito nenhum, eu tinha muita dificuldade.

Eu sentava na frente de uma colega de turma que se chamava Nathália também. Ela me viu super triste e falou que podia me ajudar a gostar de inglês.

Interessante, não era me ensinar, era me ajudar a gostar.

A Nathália me disse que inglês é muito mais fácil que português e que está em todo lugar, é muito fácil o acesso. A primeira tarefa que ela me passou foi começar a assistir a série Friends, religiosamente, todos os dias. Dar preferência a músicas em inglês, filmes legendados, o que tivesse ao meu alcance. Lembro de ficar tentando cantar músicas acompanhando o encarte do CD como exercício.

Enquanto isso, ela ia me ensinando a construir frases simples: os pronomes, alguns verbos, substantivos, advérbios.
Com o tempo, eu fui memorizando algumas falas, reconhecendo palavras dentro de frases.

Lembro da alegria que era reconhecer alguma coisa. A Nathália tinha razão, eu precisava aprender a gostar de aprender inglês.

Eu fiz curso de Inglês por alguns semestres, e eu usei tempo das aulas para perguntar muita coisa aos professores, coitados (nossa, eu era o terror).

Isso ficou muito forte em mim. Quando eu comecei a fazer os doces, me esforçava para pesquisar mais em inglês, mesmo tendo dificuldade com várias palavras.

Sobre falar, falar mesmo, foi mais difícil que ler e escrever. Em 2016, gravei a minha primeira aula online de Macarons em português e Inglês. Ao invés de gravar já falando que era bem mais difícil para mim, gravei as cenas e depois o áudio por cima. Foi a alternativa mais fácil na época.

O meu instagram passou a ser mais conhecido fora do Brasil do que aqui, o que foi ótimo, me forçou a estar sempre em contato com o inglês.

Toda vez que eu ia gravar algum vídeo falando em inglês, eu refazia várias e várias vezes, sempre achava ruim. Só que eu continuei fazendo, mesmo não gostando.

Em 2017, eu fui convidada a dar aula nos Emirados Árabes Unidos, em inglês. Eu só fui mesmo porque me disseram que eu ia dar conta, porque eu mesma não tinha certeza.
Comecei a aula dizendo que eu sou brasileira e que às vezes eu tinha dificuldade em me expressar em inglês, mas que eu ia dar o meu melhor.
Eu descobri lá que conseguia fazer 🙂

Quando comecei com a minha equipe, eles me colocaram para falar em inglês nos vídeos, para fazer lives semanais, foi punk no início. Mas isso foi me soltando cada vez mais, me ajudou muito a desenvolver.

Os meses que eu passei na França me ajudaram muito, porque lá eu só me comunicava em inglês, era um programa internacional. Lá eu me forcei a pensar em inglês e falar mesmo quando eu achava que estava errado. Era cada um de um lugar do mundo, com níveis diferentes do inglês, tava tudo certo.

Hoje em dia, claro que é bem mais tranquilo do que era. Sei que ainda falo várias coisas erradas, esqueço palavras, não sei como dizer. Mas tá tudo bem, eu pergunto às pessoas, eu digo que não sei, falo a palavra em português mesmo, é mais simples do que a gente normalmente pensa.

Uma coisa é certa: todo mundo sabe que não é fácil aprender uma nova língua, então as pessoas vão ser pacientes em te ouvir. Se tal pessoa não for, procura outra 🙂

Nathália tinha razão, é mais fácil que português mesmo e comemorar cada pequena conquista, gostar de aprender, faz toda a diferença. Ainda acrescento: se coloque a falar mesmo você achando ruim. É prática, quanto mais você falar, mais fluido vai ser.

Espero que te ajude!

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